Diversidade e inclusão nas empresas: entendendo sobre colorismo, racismo estrutural e dicas de autores negros

SAP Concur Team |
Nos últimos anos, o tema da diversidade e inclusão nas empresas cresceu de importância e passou a ser abordado com mais frequência por gestores, diretores e líderes de negócios. Afinal, infelizmente, ainda é muito pequena a presença de pessoas representantes de minorias entre os quadros de colaboradores das organizações, como negros, LGBTQI+ ou PCDs (pessoas com deficiência).  
Uma pesquisa, realizada pela plataforma Pulses em parceria com a startup Nohs Somos, inclusive, deixou claro que as empresas ainda não investem em equipes mais heterogêneas. Foi constatado que menos de 10% dos colaboradores de empresas brasileiras fazem parte de algum grupo minoritário. Entre os 6 mil entrevistados, somente 8% são negros, 8% são LGBTQIA+ e 3% tinham algum tipo de deficiência.
 
Apesar destes resultados, 73% dos respondentes acreditam que suas organizações são bastante diversas. Ou seja, esta é uma percepção bem diferente da realidade. Por isso, está mais do que na hora de implementar ações de diversidade e inclusão nas empresas para reverter este cenário.
 

Entendendo os temas pertinentes à diversidade e inclusão nas empresas

Antes de iniciar medidas e programas de diversidade e inclusão nas empresas, é importante conhecer mais a fundo as causas que promovem a desigualdade de oportunidades e afetam a adoção de uma força de trabalho mais inclusiva.
 
Neste sentido, o grupo Black Employee Network na SAP Brasil comentou os principais temas que envolvem essas causas, como racismo estrutural e colorismo. Além disso, também foram dadas dicas de autores negros para serem acompanhados para entender melhor a questão do racismo e de como podemos combatê-lo, principalmente, com as ações de diversidade e inclusão nas empresas.

Colorismo

Thaiza Moreno, LHRS Associate da SAP Brasil e líder do Black Employee Network no Rio de Janeiro, explicou o que é colorismo e a importância de entender esse problema:
 
“Esse tema foi apresentado pela primeira vez em 1982 pela escritora Alice Walker. Basicamente, é a ideia social que pessoas com a pele mais retinta sofrem mais preconceito do que pessoas de pele mais clara. Ou seja, as pessoas com uma pele mais clara, com fenótipos e traços finos são mais próximas da cultura do povo europeu e, com isso, são mais aceitas socialmente do que pessoas com fenótipos de pele retinta, associados e pertencentes à cultura africana. O colorismo é um braço do racismo. Fica aqui minha indicação para a leitura do livro “Colorismo”, da professora Alessandra Devulsky, que aborda o tema com muita maestria. Precisamos ampliar o nosso conhecimento para que assim possamos fortalecer a luta e o combate ao racismo”.
 

Racismo estrutural

Felipe Peixoto, Manager, Procurement Technology Services da SAP, trouxe uma explanação sobre a grave questão do racismo estrutural, que ainda envolve nossa sociedade e impacta a diversidade e inclusão.
 
“Quando falamos de racismo estrutural, falamos das manifestações discriminatórias sofridas por um grupo racial de forma sistemática perante à sociedade e às instituições. Ou seja, não estamos nos referindo apenas a um ato racista individual de uma pessoa contra a outra. A sociedade e as instituições são compostas de uma estrutura de indivíduos. Esses indivíduos carregam ideologias e, historicamente, práticas racistas que ajudam nesse sistema de opressão e no racismo estrutural que vemos na sociedade hoje. Basicamente, o que estamos dizendo é que se uma sociedade e suas instituições são racistas é porque os indivíduos que a compõem também são racistas.
 
Para combater esse racismo estrutural, são necessários mecanismos e iniciativas de estímulo à diversidade, inclusão racial e igualdade. Esses mecanismos e iniciativas precisam ser no primeiro momento para garantir que essas pessoas vão estar incluídas nessas instituições e, num segundo momento, para garantir a representatividade dessas pessoas, com as mesmas oportunidades, que elas tenham a inclusão, que elas estejam incluídas também em posições de poder e de decisão para que a gente consiga combater o racismo estrutural.”

Dicas de Autores Negros

Por fim, Flavia Novelli, Controlling na SAP Brasil, fez recomendações de autores negros para acompanhar.
“A primeira dica é Djamila Ribeiro, que é filósofa, escritora e autora desse livro que é bem conhecido “O Pequeno Manual Antirracista”. Também tem o Thiago Amparo, que é professor da FGV e colunista semanal da Folha de SP. E Spartacus que é um YouTuber que fala bastante sobre apropriação cultural e ancestralidade. Ele tem um canal no Youtube e vários vídeos no Instagram também. Espero que vocês se informem para a gente conseguir andar com esse tema antirracista.”
 

Conheça as ações de diversidade e inclusão na SAP Brasil

O Black Employee Network é uma das ações de diversidade e inclusão nas empresas da SAP Brasil. Trata-se de um grupo de funcionários da SAP que têm o compromisso de fortalecer iniciativas para a conscientização e a inclusão de funcionários afrodescendentes, priorizando o recrutamento e a retenção de colaboradores, fornecendo orientação e capacitando a força de trabalho.