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Inflação brasileira: como impacta as empresas de forma geral?

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A inflação brasileira é um dos principais desafios econômicos que fogem do controle dos gestores de empresas no país. O passado relativamente recente de descontrole nesse indicador deixa muitas lideranças em alerta em relação a alterações ao longo do tempo.

Afinal, o aumento da inflação reduz o poder de compra dos consumidores, encarece custos operacionais, tende a elevar taxas de juros básicas (para conter a elevação), entre outras questões.

Por isso, é preciso que sua empresa tenha estratégicas eficientes de planejamento financeiro, a fim de minimizar esses impactos e permitir que o negócio passe por esse momento sem crise.

Neste artigo, você verá como a inflação afeta as empresas de maneira geral e os impactos desse indicador sobre as viagens corporativas, uma função particularmente sensível às variações econômicas. Confira a seguir!

Panorama sobre a inflação brasileira

A inflação diz respeito ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia. No Brasil, esse fenômeno é medido por alguns indicadores, sendo o principal deles o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.

Nos últimos anos, especialmente devido à pandemia, esse indicador disparou. Porém, tal fenômeno não se restringiu ao Brasil, já que o mundo inteiro sentiu os impactos daquele período tão delicado. Para que você tenha uma dimensão, a inflação saiu de 4,19% em janeiro de 2020 e alcançou 12,13% em abril de 2022.

Mas e o cenário atual? Espera-se que o IPCA acumulado em 2025 fique em 5,65%, com uma tendência de queda em comparação com projeções anteriores, mas ainda acima da meta de 4,5%. Além disso, há uma tendência de alta dos preços para 2026.

Para tentar conter o aumento da taxa de inflação, o Banco Central tem optado por mudanças nas taxas de juros. Em março de 2025, a taxa Selic chegou ao maior patamar desde 2016: 14,25%, e há projeções de que esse índice ultrapasse os 15% em maio do mesmo ano.

Além disso, há um cenário de incerteza diante da implementação de tarifas pelo governo dos Estados Unidos sobre diversos países, o que pode levar a uma recessão global. Consequentemente, a tendência é de aumento de preços em escala mundial, inclusive no Brasil.

Ainda, nos últimos anos, a inflação brasileira tem sido influenciada por fatores como:

  • oscilações do câmbio, com a valorização e desvalorização do real;
  • aumento dos combustíveis e energia, itens essenciais para o transporte e indústria;
  • crise global na cadeia de suprimentos devido aos resquícios da pandemia e das guerras que vêm afetando os preços de insumos importantes em todo o mundo;
  • crescimento da demanda interna, em um momento de recuperação econômica. Afinal, o aumento do consumo pode pressionar os preços.

Com isso, empresas de todos os setores precisam monitorar os índices inflacionários e adaptar suas estratégias financeiras para manter a competitividade.

Os impactos da inflação brasileira nas empresas

A inflação não afeta apenas o bolso dos indivíduos no dia a dia, mas também impacta diretamente os negócios, influenciando tanto os custos operacionais quanto o comportamento do consumidor.

Veja alguns de seus principais efeitos a seguir.

Aumento dos custos de produção e operação

Quando a inflação aumenta, os custos de produção também sobem, impulsionados pela alta nos preços das matérias-primas, do consumo de energia elétrica, dos combustíveis e da mão de obra. Isso acaba pressionando a estrutura de despesas das empresas.

Redução da margem de lucro

Se os custos sobem, mas os preços de venda não acompanham o mesmo ritmo, as margens de lucro são reduzidas. Negócios que decidem não repassar os aumentos podem sacrificar a sua rentabilidade.

Queda no poder de compra e demanda do consumidor

Com o encarecimento generalizado de produtos e serviços, os consumidores tendem a reajustar seus gastos, reduzindo o consumo e a contratação de serviços. Essa retração pode resultar em queda no faturamento no curto e médio prazo.

Aumento das taxas de juros e dificuldade de crédito

Uma das principais medidas que o Banco Central implementa para controlar a inflação é elevar a taxa Selic, tornando o crédito mais caro. Para negócios que estão em busca de expansão, esse processo tende a se tornar mais desafiador.

Os efeitos sobre as viagens corporativas do aumento da inflação

Uma das atividades internas impactadas pela inflação é a de viagens corporativas. Afinal, diversos serviços relacionados a esse tipo de deslocamento sofrem variações conforme o cenário econômico.

Entre os principais efeitos do aumento da inflação sobre as viagens corporativas, destacam-se:

  • passagens aéreas mais caras, devido ao aumento do preço dos combustíveis e à desvalorização do real frente ao dólar;
  • custo maior de hospedagem, já que os hotéis ajustam as tarifas para compensar o aumento das despesas operacionais (energia elétrica, mão de obra e alimentação);
  • alimentação e transporte mais caros, visto que restaurantes e aplicativos de transporte fazem reajustes de acordo com as tendências de preços

Dicas para manter os custos de viagens corporativas sob controle

Os gastos podem ficar mais elevados, mas as viagens corporativas não podem deixar de acontecer. Por isso, as empresas precisam revisar suas políticas para manter os custos sob controle.

Algumas dicas que colaboram para uma boa gestão de despesas são:

  • definir orçamentos realistas, considerando a variação dos preços ao longo do ano;
  • fazer reservas com antecedência, pois será pago o valor daquele momento. Caso deixe para depois, ele poderá ficar mais elevado;
  • acompanhar o preço das passagens, para garantir melhores tarifas;
  • adotar políticas de reembolso inteligentes;
  • usar plataformas de gestão de viagens, para monitorar e calcular despesas em tempo real e otimizar custos.

Com um planejamento estruturado, é possível reduzir os impactos da inflação sem comprometer a realização das viagens corporativas.

Estratégias para mitigar os efeitos da inflação

Mesmo em períodos de inflação elevada, algumas estratégias podem ajudar as empresas a minimizar seus efeitos e a preservar a saúde financeira. Uma das primeiras ações recomendadas é a revisão de contratos de serviços de longo prazo, como os de motoristas executivos.

Outra ideia é ter políticas de viagem que sejam mais eficientes. Para isso, minimize deslocamentos desnecessários e faça o planejamento das movimentações com softwares que operem de forma automatizada.

Os softwares de gestão de custos em viagens corporativas também são excelentes para mitigar os efeitos da inflação, sendo viável controlar preços e conseguir reservas e passagens aéreas com custos melhores. Isso contribui para oferecer maior previsibilidade financeira na realização dessa atividade.

A inflação brasileira é um fator que afeta diretamente o desempenho e a competitividade das empresas. No entanto, com um planejamento estratégico, é possível redirecionar rotas e diminuir os impactos negativos do aumento de preços sobre o negócio. Com essas dicas, há boas chances de manter as atividades de forma sustentável e atravessar bem essa maré.

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