Crescimento e Otimização
ESG no Brasil: como é e o que esperar do futuro?
Nos últimos anos, o ESG no Brasil deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um fator decisivo nas estratégias corporativas. Empresas de todos os setores buscam alinhar suas operações a práticas ambientais, sociais e de governança, tanto para atender às novas exigências do mercado quanto para garantir mais eficiência e competitividade.
Mas como essa transformação tem ocorrido? Quais são as perspectivas para os próximos anos? Neste artigo, exploramos o conceito de ESG, sua importância e como as empresas brasileiras têm se adaptado a essa realidade. Além disso, mostramos de que forma essa abordagem impacta a gestão de viagens corporativas e quais mudanças podemos esperar para o futuro. Acompanhe!
O que é ESG
A sigla ESG vem do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). O conceito surgiu para avaliar o impacto das empresas além do desempenho financeiro, levando em conta sua responsabilidade socioambiental e a transparência na gestão.
Pilar ambiental (E – Environmental)
O aspecto ambiental do ESG está relacionado às ações das empresas para minimizar seu impacto ecológico. Isso inclui iniciativas como:
- redução de emissões de carbono e transição para fontes de energia renováveis;
- gestão eficiente de resíduos e incentivo à economia circular;
- uso sustentável de recursos naturais, como água e matéria-prima.
Empresas que investem nessas práticas contribuem para a preservação do meio ambiente e reduzem custos operacionais a longo prazo.
Pilar social (S – Social)
O critério social do ESG analisa o relacionamento da empresa com seus colaboradores, clientes e comunidades. Algumas das principais iniciativas nesse pilar incluem:
- programas de diversidade e inclusão para garantir um ambiente de trabalho mais equitativo;
- boas condições de trabalho e preocupação com a saúde e o bem-estar dos funcionários;
- ações sociais e parcerias com projetos que beneficiam a sociedade.
Organizações que valorizam esse aspecto fortalecem sua reputação e aumentam o engajamento interno e externo.
Pilar de governança (G – Governance)
A governança no ESG trata da estrutura de liderança e da transparência nos processos de gestão. Entre as boas práticas desse pilar, podemos citar:
- códigos de ética bem definidos para evitar corrupção e fraudes;
- conselhos administrativos diversos e independentes;
- relatórios financeiros e de sustentabilidade transparentes e acessíveis.
Uma governança sólida gera confiança entre investidores e stakeholders, fortalecendo a longevidade dos negócios.
Importância do ESG
A crescente adoção de práticas ESG no Brasil reflete uma mudança estrutural nas estratégias empresariais. Mais do que uma tendência, o ESG se tornou um fator determinante para a competitividade no mercado. Veja por quê.
Acesso a investimentos sustentáveis
Nos últimos anos, o mercado financeiro passou a valorizar empresas que adotam critérios ESG. Fundos de investimento voltados para sustentabilidade cresceram significativamente, aumentando a demanda por negócios que sigam essas diretrizes.
Exigências regulatórias e padrões internacionais
Governos e organismos internacionais impõem regras cada vez mais rígidas sobre práticas ambientais e sociais. Empresas que não se adaptam correm o risco de enfrentar restrições comerciais e dificuldades em negociações internacionais.
Preferência dos consumidores
O comportamento do consumidor mudou, e hoje há uma demanda crescente por marcas que demonstram responsabilidade social e ambiental. Negócios que incorporam práticas ESG ganham vantagem competitiva e fortalecem a fidelização dos clientes.
ESG no Brasil
O Brasil tem avançado na agenda ESG, mas ainda enfrenta desafios para a consolidação dessas práticas. Nos últimos anos, diversas iniciativas foram implementadas para incentivar a adoção do ESG no ambiente corporativo.
Linha do tempo do ESG no Brasil
- 2014: lançamento do Guia de Sustentabilidade Empresarial pela BM&FBovespa, incentivando boas práticas nas empresas listadas na bolsa de valores;
- 2019: o Pacto Global da ONU no Brasil lança a iniciativa Ambição 2030, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
- 2020: crescimento dos investimentos em ESG no Brasil, com a criação de fundos temáticos e maior exigência regulatória para relatórios de sustentabilidade;
- 2023: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabelece novas regras para divulgação de informações de ESG por empresas de capital aberto.
Mesmo com esses avanços, a implementação do ESG no Brasil ainda precisa de mais incentivos e regulamentações para atingir um nível de maturidade semelhante ao de países europeus e norte-americanos.
Práticas de ESG nas empresas brasileiras
Empresas brasileiras de diferentes setores têm adotado estratégias ESG para melhorar sua competitividade e atender às novas exigências do mercado. Confira alguns exemplos:
- Natura: conhecida por sua atuação sustentável, a empresa investe em ingredientes naturais, logística reversa e preservação da biodiversidade;
- Bradesco: criou fundos de investimento sustentáveis e oferece linhas de crédito voltadas para negócios ecológicos;
- Ambev: reduziu significativamente o consumo de água em sua produção e implementou iniciativas para reutilização de embalagens;
- Suzano: atua com reflorestamento e busca a neutralidade de carbono, além de investir em inclusão social por meio de programas educacionais.
ESG em viagens corporativas
A incorporação do ESG no Brasil também impacta a gestão de viagens corporativas, levando empresas a repensarem suas políticas para torná-las mais sustentáveis e eficientes. Além da redução de custos, a digitalização e a automação desses processos garantem maior transparência, segurança e controle financeiro, alinhando-se às boas práticas de governança.
Para diminuir os impactos ambientais e sociais das viagens corporativas, muitas organizações têm adotado soluções como:
- redução da pegada de carbono: a priorização de reuniões virtuais evita deslocamentos desnecessários, reduzindo emissões de CO₂;
- uso de transporte sustentável: modais menos poluentes, como trens, veículos elétricos e caronas corporativas, estão ganhando espaço;
- parcerias estratégicas: empresas buscam fornecedores comprometidos com a agenda ESG, como redes de hotéis com certificações ambientais e companhias aéreas que investem em biocombustíveis;
- automação da gestão de despesas: ferramentas tecnológicas garantem mais controle sobre os gastos, evitando desperdícios e aprimorando a governança corporativa.
A tendência é que cada vez mais as organizações adotem políticas de viagens alinhadas ao ESG, equilibrando eficiência operacional e sustentabilidade.
Futuro do ESG no Brasil
O ESG no Brasil tende a se fortalecer nos próximos anos, impulsionado por novas regulamentações e pela crescente demanda do mercado. Confira algumas tendências que merecem destaque.
Regulamentações mais rígidas
A transparência na divulgação de dados do ESG será cada vez mais exigida por órgãos reguladores, forçando empresas a adotarem métricas mais estruturadas.
Expansão dos investimentos em ESG
O mercado financeiro continuará ampliando fundos de investimentos sustentáveis, tornando-os mais acessíveis para diferentes setores.
Uso intensivo de tecnologia
Ferramentas como inteligência artificial e blockchain ajudarão a monitorar e comprovar impactos ambientais e sociais, garantindo maior credibilidade para as empresas.
Pressão do consumidor e dos investidores
Negócios que não se adequarem às exigências ESG podem perder competitividade e enfrentar dificuldades financeiras, pois os investidores e consumidores estão cada vez mais atentos às práticas empresariais.
O ESG no Brasil está em plena ascensão e continuará sendo um fator determinante para o sucesso das empresas. Adotar soluções tecnológicas que automatizam processos e melhoram a transparência é uma das estratégias mais eficazes para se alinhar a essa tendência.
Quer tornar a gestão de viagens mais eficiente e sustentável? Então, confira dicas para viagens corporativas sustentáveis.
