Despesas e Viagens
É obrigatório tomar vacina para viajar pela empresa? Descubra!
Organizar uma viagem corporativa envolve muito mais do que passagens, hospedagem e relatórios de despesas. Quando o destino é internacional, surge uma dúvida comum: é necessário tomar vacina para viajar a trabalho?
A resposta depende de diversos fatores, como o país de destino, o histórico de saúde do colaborador e as regras sanitárias em vigor. Manter-se informado sobre essas exigências é fundamental para evitar problemas na imigração e, principalmente, garantir a proteção individual e coletiva.
Neste artigo, vamos esclarecer quais vacinas são obrigatórias, como garantir que tudo esteja em dia e o que fazer caso seja solicitado um comprovante.
Por que a saúde dos viajantes corporativos merece atenção?
Uma viagem de negócios, ainda que rápida, pode expor o colaborador a ambientes diferentes, contato com pessoas de várias regiões e até doenças que não circulam no Brasil. A saúde do viajante corporativo é, portanto, um fator estratégico para o sucesso da viagem.
Além do risco pessoal, há impacto direto no desempenho profissional. Um colaborador que adoece durante a viagem pode perder reuniões, atrasar negociações e até comprometer a imagem da empresa. Por isso, cuidados preventivos, como estar com as vacinas em dia, são parte fundamental da preparação.
Um aspecto que merece atenção é o custo para a empresa. Problemas de saúde durante a viagem podem gerar despesas extras com assistência médica, remarcação de voos e hospedagens adicionais. Prevenir é sempre mais barato e garante que a viagem atinja seu objetivo sem contratempos.
Quais regras sanitárias e de proteção se aplicam às viagens corporativas?
Cada país define suas próprias regras sanitárias, que variam de acordo com a realidade local. Alguns exigem vacinas específicas para entrada, enquanto outros apenas recomendam. Em contextos de surtos ou emergências sanitárias, essas exigências podem mudar rapidamente.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por estabelecer e monitorar medidas de proteção em viagens internacionais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) fornece diretrizes globais e mantém uma lista atualizada dos países que exigem vacinação para viajantes.
Ou seja: antes de viajar, é importante verificar não apenas as regras da companhia aérea, mas também os requisitos do país de destino. Ainda é fundamental observar que algumas exigências sanitárias não se limitam às vacinas.
Em determinadas situações, pode haver solicitação de testes laboratoriais, formulários de saúde preenchidos com antecedência ou até o uso obrigatório de equipamentos de proteção em ambientes específicos. Cada detalhe conta para evitar problemas no embarque ou na chegada.
Outro ponto é que muitas empresas mantêm parcerias com agências de viagens corporativas justamente para acompanhar essas mudanças.
Assim, a organização não depende apenas do colaborador para verificar as exigências, mas conta com apoio especializado para garantir que todos os documentos e comprovantes estejam em conformidade.
Quais vacinas são obrigatórias em viagens corporativas?
A dúvida mais comum é: afinal, existe uma vacina para viajar que seja obrigatória em qualquer situação? A resposta é não. Não há um conjunto universal de vacinas exigidas para todos os países.
Contudo, há algumas doenças e situações que costumam gerar a obrigação de apresentação de comprovantes. Vamos saber mais.
Febre amarela
A vacina contra febre amarela é a principal imunização exigida em viagens internacionais. Diversos países da África, Ásia e América Latina só permitem a entrada de estrangeiros mediante a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).
Covid-19
Durante os anos de pandemia, muitos países passaram a exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19. Em 2024, várias nações flexibilizaram a regra, mas algumas ainda pedem certificados, especialmente para viajantes vindos de regiões com surtos ativos.
Outras vacinas recomendadas
Dependendo do destino, autoridades de saúde podem recomendar vacinas contra hepatite A e B, meningite meningocócica, poliomielite e tétano. Embora não sejam exigências formais de entrada, funcionam como medidas de proteção importantes.
Viagens nacionais
No Brasil, não há obrigatoriedade de vacinas para deslocamentos internos. No entanto, em áreas de risco de febre amarela, como regiões da Amazônia, a imunização é fortemente indicada.
Como garantir que as vacinas para viajar estejam em dia?
O primeiro passo é consultar o calendário de vacinação oficial do Ministério da Saúde e verificar se há doses em atraso. Em seguida, é importante acessar os sites da Anvisa e da OMS para confirmar as exigências do país de destino.
Muitos aeroportos internacionais contam com postos da Anvisa, que fornecem informações e emitem o certificado internacional. Para evitar correria de última hora, o ideal é realizar esse processo com semanas de antecedência.
Empresas que enviam colaboradores com frequência ao exterior podem criar um protocolo interno, garantindo que todos os viajantes mantenham suas vacinas atualizadas e seus certificados válidos. Isso reduz riscos e agiliza a organização da viagem.
Como funciona o comprovante de vacinação?
O documento oficial que comprova a vacinação em viagens internacionais é o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). Ele é emitido gratuitamente pela Anvisa e pode ser solicitado em unidades de saúde credenciadas ou até mesmo online, em alguns casos.
O comprovante deve estar em inglês, francês ou espanhol para ser aceito em aeroportos internacionais. Além disso, a data da vacinação precisa estar dentro do período de validade exigido. Por exemplo: a vacina contra febre amarela tem validade vitalícia, mas só é aceita 10 dias após a aplicação.
Quais os riscos de não estar com a vacinação em dia?
Viajar sem a vacina para viajar exigida pode gerar sérias consequências. Entre as principais, destacam-se:
- recusa de entrada no país de destino — o viajante pode ser impedido de desembarcar, o que compromete totalmente a agenda;
- quarentena obrigatória — em alguns casos, é necessário cumprir isolamento, gerando custos extras e atrasos na programação;
- risco de contrair doenças evitáveis — além de afetar a saúde do colaborador, a empresa perde produtividade e pode ter gastos adicionais com atendimento médico;
- prejuízo à imagem corporativa — cancelar uma reunião internacional por falta de vacinação transmite falta de organização e profissionalismo.
Em tempos em que as regras mudam com rapidez, ter atenção às normas sanitárias e manter um protocolo de prevenção é fundamental. Com planejamento adequado, o colaborador viaja tranquilo, a empresa cumpre sua responsabilidade e o objetivo da viagem é atingido sem imprevistos.
Lembre-se de que tomar vacina para viajar não é apenas uma exigência burocrática. É uma forma de garantir segurança ao viajante, reduzir riscos à empresa e preservar a imagem institucional. Antes de organizar a próxima jornada internacional, consulte as exigências do destino e garanta que a imunização esteja em dia.
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